Aqui, 
onde o algodão a seda e o linho
se entrelaçam sobre o pique,
abraçado à almofada prazenteira,
onde os bilros brejeiros
saltam
nas mãos ágeis
duma mulher rendeira,
aqui,
onde o Mar orla de rendas
as rochas e as praias
aquecidas pelos beijos do Sol,
aqui,
onde se vive a amar
mergulhado em beleza,
onde as gaivotas desenham
rendas no ar
e onde o Sol e a Lua
se namoram no Mar,
aqui,
onde cada ruga do rosto
é feita de tempo e de magia
e é mais um ponto da renda
que os bilros tecem em cada dia,
aqui,
onde a renda de bilros
é feita com o coração
é a herança que nos enriquece
dá cor à vida e nos enobrece,
aqui,
não vai morrer a esperança
e nunca, nunca,
vai morrer a tradição.

onde o algodão a seda e o linho
se entrelaçam sobre o pique,
abraçado à almofada prazenteira,
onde os bilros brejeiros
saltam
nas mãos ágeis
duma mulher rendeira,
aqui,
onde o Mar orla de rendas

as rochas e as praias
aquecidas pelos beijos do Sol,
aqui,
onde se vive a amar
mergulhado em beleza,
onde as gaivotas desenham
rendas no ar
e onde o Sol e a Lua
se namoram no Mar,

aqui,
onde cada ruga do rosto
é feita de tempo e de magia
e é mais um ponto da renda
que os bilros tecem em cada dia,
aqui,
onde a renda de bilros
é feita com o coração
é a herança que nos enriquece

dá cor à vida e nos enobrece,
aqui,
não vai morrer a esperança
e nunca, nunca,
vai morrer a tradição.
Ida Guilherme
Rendas de: M. Graciete Guilherme Desenho de: Ida Guilherme